Há mais de 15 anos, entrei na minha própria análise e, desde então, esse movimento de olhar pra dentro tornou-se parte estruturante da minha vida.
Foi nesse espaço que aprendi a me escutar, a confrontar minhas dores, a reorganizar minha história e a reconhecer a potência que existe quando o sujeito se coloca diante de si mesmo.

Há cerca de 10 anos, esse caminho se aprofundou.
Comecei a mergulhar de forma mais séria nos textos de Freud, a participar de grupos de estudo, seminários, encontros clínicos e discussões teóricas que me ajudaram a construir o analista que sou hoje. Cada leitura abriu uma fenda nova, cada grupo ampliou minha escuta e meu rigor.

Hoje, sigo entendendo que o ofício de analista nunca se encerra.
Atualmente participo de dois grupos de estudo: um dedicado às obras de Freud e outro centrado em Sándor Ferenczi, autor que amplia nosso olhar para o trauma, a sensibilidade e o lugar do analista na relação transferencial.

Essa jornada não começou ontem e não termina amanhã.
Ela é contínua, viva, ética e profundamente comprometida com o sujeito, com a escuta e com a transformação possível quando alguém decide, de fato, encontrar-se consigo.